sábado, 10 de setembro de 2011

Interação de medicamentos em pacientes com hipertensão, diabetes e depressão


Conhecer as propriedades básicas dos medicamentos e de sua ação farmacológica é essencial para a realização de uma terapêutica adequada. A partir desta constatação, pesquisadores do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG) analisaram a interação entre medicamentos utilizados para combater a hipertensão, o diabetes e a depressão, devido à alta incidência simultânea dessas doenças.
Foram acompanhados 663 pacientes moradores do município de Coronel Fabriciano (MG) inscritos no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (Hiperdia) do Ministério da Saúde.
Na pesquisa, 78,9% dos pacientes apresentaram hipertensão, 4,8% diabetes e 16,3% ambas as enfermidades. A prevalência do uso de antidepressivos foi de 4,37%, estando os pacientes expostos a ambas as medicações a 47 tipos de interações diferentes.
A maior parte dessas interações (61,7%) ocorre pelo que os pesquisadores chamam de mecanismo farmacodinâmico de sinergismo, que pode causar sérios efeitos colaterais como hipertensão severa e hiperglicemia. De acordo com os pesquisadores, as interações detectadas no tratamento de pacientes do Hiperdia que usam antidepressivos enfatizam o importante papel dos farmacêuticos de administrar as prescrições antes de dispensar os medicamentos, assim como monitorar os pacientes durante o tratamento, com o objetivo de prevenir reações adversas e sugerir as mudanças necessárias, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os custos.
As causas apontadas para explicar as potenciais interações incluem a complexidade dos medicamentos, a falta de informação nos serviços de saúde sobre as possíveis interações e seus efeitos adversos, e a falta da implementação efetiva de um modelo farmacêutico.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias

Postado por: Milene Lobato

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